domingo, 7 de junho de 2015

A grande F - U - G - A

Dia 3 de março, 2013  

7:00 am- Estava eu em um encontro com o Leprechaun Alfa. Estavamos negociando a quantidade de ouro que eu lhe devia, pelo fato dele ter me emprestado tropas de guerreiros Leprechaunsm para lutar comigo na Guerra dos trolls.

7:14 am- O leprechaun define a dívida como 100.000 jows

7:15 am- Fico inconformado com o valor absurdo, e parto aos murros na cara do Leprechaun Alfa, quando..... MARC!!! Acordaaa!! Inglêssssss!! Prova!!

7:16 am- Fico triste, pois ia começar uma grande batalha com os leprechauns, já estava quase sacando minha cimitarra...  

7:18 am- saio da cama.... Por que Inglês??? coloco minha camiseta do Brasil, minha calça e um casaco.

7:21 am- entro na cozinha como um leão, para atacar a porta dos cereais, abro a porta e não encontro meus sucrilhos, só os desnutridos Nesfit.

7:30 am- me inconformo novamente com a falta do cereal do Grande tigre.

7:35 am- pego o nesfit, coloco calda de chocolate, granulado e outras especiarias da gulosice. O gosto era parecido ao do sucrilhos, mas não me dava a energia suficiente.

7:40 am- Escovo os dentes e parto para a "Divertida "Fucking" Aula de Inglês :)"

7:45 am- saio do elevador, cumprimento o seu zé(porteiro) e fico de cara para a calçada. Vou andando e encontro alguns conhecidos. O dono da padaria Barcelona e minha mãe voltando de sua aula de Yoga.

7:50 am- visualizo o tombado estádio Paulo machado de Carvalho, para os mais intimos, Pacaembu. Viro a direita e entro na rua Edgar Egídio de Souza.

7:55- Dou de cara com o local de Alistamento para a 3º guerra, entro, com medo como se fosse levar rajadas de tiros. Entro na sala número 3 e vejo que não é minha professora que estava na sala. Fico com medo, pois não a conhecia. Ela podia ser muito bem uma psicopata, que iria me raptar e comer meus órgãos.

7:58 am- Fiquei sem confiança de fazer essa prova com essa professora desconhecida ao meu lado. Eu gostava bastante da minha professora e tinha confiança nela, sabia que ela não me raptaria.

8:00 am- bolei um plano para executar a minha fuga do inglês, pois estava com medo. Pedi para ir ao banheiro, "may i go to the bathroom please?". Ela deixou e saí da sala, com alívio. Pensei, Parte 1, concluída. 

8:04 am- A parte dois era uma das mais complicadas, enganar o porteiro e sair correndo. Fui andando até o portão, lá estava o Guarda costas de 2 metros , com aqueles óculos e fone em um só ouvido, com o fio enroladinho. Chegando na frente da saida, ouço o segurança:
-Onde você esta indo?

-Tchau- eu disse, e saí correndo .


O guarda saiu correndo, mas eu fui mais rapido, aquela pancinha dele não ajudou...

8:06 am- atravessei a rua e continuei subindo a ladeira que dava de frente a praça Vilaboim. Faço um caminho alternativo e me escondo na praça. Logo, vejo um carro com o logotipo, Red ballon, subindo a rua... Estava sendo uma fuga bem executada. 

8:10 am- continuei no caminho alternativo. Atravessei a praça Vilaboim e entrei no Parque Buenos aires. Faltavam 100 metros para o sucesso, quando vejo a diretora segurando meus braços e me dando um dos maiores esporros que já tomei na vida:

-O que você fez, você por que fez isso, você está maluco?

-Não, eu fiquei inseguro com aquela professora...eu tenho muita vergonha de pessoas que não conheço.

-Não se faz isso!- ela disse meio com raiva.

-Onde é sua casa?

-Lá na frente, Senhorrrr...aaa

8:20 am-Chegamos em casa e a Elizete estava lá, a diretora(Senhora Ana Paula) Explicou o quê aconteceu e eu fiquei em casa... meio caido.. De noite eu liguei para meus pais e expliquei tudo.
Até que eles não ficaram tão bravos. Essa foi a história real da Fuga do Inglês, com momentos de tensão e aventura com 99% de Sucesso.







segunda-feira, 11 de maio de 2015

Meninos, belos Meninos...





     As vezes eu penso a respeito dos meninos de rua, que muitas vezes estão abandonados nas ruas ou que acabam sendo usados como  fonte de lucro pelo pai. Algumas crianças ganham dinheiro nas ruas e depois dão para seus pais, que não fazem nada para tentar ganhar dinheiro, só usam os filhos.
   São fofos , meigos, vestem trapos velhos ,pedem dinheiro,vendem balas ou fazem malabarismo nos semáforos . Podiam estar estudando, mas precisam “trabalhar” para ter um pouco de dinheiro para sustentar um pouco a família.
    Fico triste quando vejo lojas que não deixam as pessoas mais pobres entrarem pois acham que não possuem o dinheiro para a compra, ou shoppings “perseguindo” o menino de rua só por que é da periferia. Eles tem os mesmos direitos que os outros meninos, não podem barrar os meninos de rua de fazer coisas que eles gostam. 
    Essas crianças as vezes tem tanta miséria e ódio que não conseguem abraçar o amor, não conseguem buscar o amor. Eles descontam sua raiva com a violência e roubos. 
    No fundo, eu penso que eles querem buscar o amor, mas não conseguem pois não encontram ninguém que queira compartilhar amor e carinho com eles.
Se eles encontrassem o amor, iriam embarcar em um barco para outro mundo, o mundo do amor, onde não existe violência,ódio,tristeza... Um mundo onde eles ficariam mais felizes e tranquilos ...
   Minha mãe me disse que o governo de São Paulo tinha proposto uma idéia de fazer um programa onde famílias se inscrevem para receber nos finais de semana algum menino órfão em sua casa. Assim o menino teria uma experiência de ter uma família e de receber carinho. O menino também pode fazer amizades com os filhos, fazer brincadeiras, aprender novas coisas.
  Eu não sei se essa idéia do governo realmente vai existir, mas eu apoio muito que exista. É uma iniciativa muito legal.
Outra coisa legal desse projeto é que se a família gostar muito desse menino e ele gostar da família, a família pode acabar adotando esse menino. Se muitas familias adotarem esses meninos, teremos menos tristeza e menos meninos de rua.  Todos os meninos adotados serão felizes, terão a chance de ir para escolas e fazer amigos e poderão compartilhar amor e carinho com essas família para o resto de suas vida.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Avaliation dos Blóguis

       Sim , o trimestre acabou e o trabalho de português também. Talvez eu continue escrevendo neste blog. Eu não sei ainda se continuo ou não, se continuar vão ser no máximo uma ou duas crônicas a cada 3 meses... . Bem, este trabalho foi muito significativo para mim... com ele melhorei minha escrita e aprendi como achar um bom tema para uma crônica(na verdade, tudo pode virar uma boa crônica). Aperfeiçoei a pontuação, com o trabalho em classe com as fichas.
  Os Livros(Do Antônio Prata, e do elenco de crônistas modernos) também foram muito importantes no curso. Aprendi modos de escrita e estilos com cada um desses grandes crônistas brasileiros, como:
Rubem Braga,Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Antônio Prata e outros.
   O trabalho foi interessante, eu sempre procurei revisar todos os meus textos, pois ia postar na internet, que é uma rede publica, e várias pessoas podem visualizar. Sempre busquei achar assuntos bons que os leitores gostariam de ler.Coisas que poderiam acontecer com qalquer um, mas que são especiais.
   Eu considero o meu estilo , como o do Fernando sabino ou Rubem braga, pois gosto de temas mais do dia a dia. Já Drummond, faz crônicas com temas mais complexos e um texto mais pesado e muito mais detalhado. Eu gosto do estilo mais divertido e não um texto pesado, gosto de um texto fluido.
  Os meus crônistas favoritos são: Antônio Prata o Rubem Braga e o Fernando Sabino. Agora minha escola: Colégio Equipe, tem um blog na página web do Estado de São Paulo. Espero que em breve os alunos possam escrever lá, pois seria muito divertido pelo fato do estadão ter muito leitores, e muitas pessoas iriam ler nossos textos e crônicas. 
Essa foi minha avaliação do curso(principalmente do blog), se algum aluno do 7 ano estiver lendo, já vai pensando como vai ser seu blog, e essas coisas. Fique ansioso também , pois é um trabalho sensacional!. Acho que já falei de mais para uma avaliação então eu vou indo. Em breve farei uma crônica dizendo se continuarei ou não com o Blog. 


M∆RΩ

  
  
  

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Loucuras da minha mãe...

        Era uma segunda feira normal, igual a todas as outras. me levantar as 7:00 da manhã ,sair da caminha, largar do travesseiro e da querida companheira mantinha, e ir cambaleando pelas ruas , passando frio ,muita fome,  até chegar no inglês.  Ainda por cima, ter que chegar na aula e ter de  ouvir aquele sotaque britânico muito mas muito irritante da professora. A aula de inglês foi normal, muitos exercícios(a maioria chatos)e vimos uma parte do filme Toy Story(momento nostálgia, e me sentindo crianção). Quando acabou o inglês, fiquei esperando no portão, onde todas as pessoas ficam, estava muito abafado. Local pequeno e cheio de gente geralmente não é sinal de coisa boa, principalmente pelo cheiro dos marmanjos...
         Esperei naquele local por 30 minutos(30 minutos com a camiseta tapando minhas narinas)até que minha mãe chegou. Entrei no carro , me sentei, inclinei o banco para trás na posição de cama e dei uma leve cochilada. Chegamos na minha casa, para buscar a minha irmã e levá-la para a aula de dança, que é a aula de dança do teatro municipal, na qual só alguns alunos entram, eles fazem provas para ver quem entra e essas coisas...(me sentindo orgulhoso).
estávamos indo para a aula de dança dela quando vimos uma multidão de gente interditando a rua.... Coloca multidão nisso!!! deviam ser mais de 8 mil cabeças interditando as ruas, expondo bandeiras e gritando.... Uma manifestação. Essa manifestação nos impedia de continuar o trajeto para a escola de dança da minha irmã, isso deixou minha mãe brava. um guardinha da policia civil, nos indicou para pararmos o carro e estacionar pois a manifestação passaria por aquela rua. Não havia nenhuma vaga, NENHUMA MESMO... então fomos para o plano B, chamado de estacionamento. Entramos no estacionamento e vimos a placa: meia hora = R$10,00.
 Foi nessa hora, que minha mãe, colocou a mão em sua cara...
Fiquei espantado e disse:
- O que foi mãe???

-Tenho só 5 reais e vão faltar 5, para pagar o estacionamento.
Perguntamos para o funcionário que trabalhava lá, se ele deixaria faltar 5 reais, ele disse... com toda a má vontade do mundo... "Não".
    Minha mãe ficou triste, pois não conseguiríamos levar minha irmã na hora certa. Eis que surge nossa salvação... a salvação veio no melhor momento, quando já estávamos saindo do estacionamento. Um homem desconhecido e sua filha(fazia aula no mesmo lugar que a minha irmã)
também estavam estacionando o carro(eles tinham dinheiro...)
Minha mãe com uma certa vergonha disse:
-Por acaso voces poderiam levar a minha filha? 

-Sim, podemos - respondeu o sujeito.

-Muito obrigada, nos salvou, pois.....(ela contou toda a história que tinha ocorrido)

Minha mãe ficou aliviada e agradeçeu o homem.
Fomos embora... Depois ela ficou o dia inteiro questionando-se, se ela tinha feito a coisa  certa deixando minha irmã com aquele homem, pois nós nem conhecíamos o sujeito. No final, tudo deu certo e minha irmã chegou vivinha na escola de dança...


segunda-feira, 16 de março de 2015

ODISSÉIA DAS AULAS DE INGLÊS


Já tentaram convencer seus pais à te tirarem do inglês?
 Quem já tentou... SABE!!! Quem não, SABERÁ....



     Começando, é quase impossível fazer com que seus pais aceitem esse seu pedido. 
O pedido para te tirarem da prisão, onde ficamos presos das 8:00 até as 10:00... Para os mais próximos esse local é chamado de inglês/prisão...
    A prisão é toda branca, telhado vermelho  e o nome é Red Balloon, traduzindo na língua das pessoas normais, Templo do Diabo.:

-Ô mãeee... sério.. o inglês tá um saco, só faz exercício, não tem menina bonita, professora com sotaque bizarro...

- Já pagamos esse mês e você terá que ir até o final do mês.

-Pode tirar a minha mesada durante 5 meses eu imploro!!.. prefiro isso do que ficar naquela prisão.. ir de manhã, acordar cedo na segunda,frio,céu nublado e ainda ter que ir andando como morto-vivo os 900m que tem da minha casa até a sede do Pacaembu.

Vamos conversar, mas por enquanto nossa resposta é não, Não, NÃo e NÃO! Pagamos os livros e pelo menos você vai ter que ficar nessa "Prisão" até Agosto.
  
   Em um dia desses, meu tio, veio em casa para conversar um pouco com a gente, já que ele estava meio abalado pelo motivo de ele ter se separado. Comemos, peixe no forno, com batatas cozidas, um molho de azeite com alcaparras e arroz.

  Comemos, a comida estava ótima. Depois do almoço fomos para a sala e muitos assuntos entraram na pauta... Mulheres,Negócios,Família,Cachorros.... entre outros assuntos.

  De repente veio uma pergunta à minha cabeça:

- Tio, quando mais novo, você gostava da aula de inglês?

- Marc.. agora você me pegou, mas vou ser sincero. Eu não gostava muito, mas, uma vez fui para Israel e conheci uma menina americana, rapidamente me apaixonei e não sabia falar inglês..
Foi nesse momento que comecei a me dedicar no inglês, para poder me comunicar com as outras pessoas.

- Saquei.., bem que eu queria me casar com uma americana.. haha

-Marc, eu acho que você ainda não achou o seu motivo para aprender o inglês, quando você o encontrar... Tudo vai mudar!

-Me da preguiça fazer inglês, tenho facilidade no tema, mas a preguiça... Concordo, quando achar o motivo para me dedicar, tudo melhora: Emprego e viagens para o exterior, leitura e comunicação.

Meu tio foi embora e refleti sobre o quê ele disse.. Concordava plenamente mas ainda desejava sair daquele inferno, eu também tenho que pensar no que meus pais gastaram para me colocar naquele inglês e para não gerar prejuízos, vou tentar sair no fim do semestre.. conversei com meus pais , para me mudarem de inglês  em agosto.. ir para a Cultura Inglesa é uma opção mas ainda não resolvi. 
   
 Certamente, tudo é melhor ou pelo menos, "menos pior" do que a prisão na qual eu convivo e espero no futuro não conviver mais, nas manhãs de segunda e quartas feiras... 

domingo, 1 de março de 2015

A tristeza da morte



Como assim Morte?

     A morte é uma coisa que eu nunca entendi muito bem. Eu sempre vivi refletindo, sobre o que aconteceria comigo quando fosse a minha hora e eu nunca consegui chegar a uma conclusão, sempre achei estranho o fato de falarem que quando a pessoa morre ela vai pro céu e que quando eu morresse eu perderia minha consciência e iria embora do mundo , indo para o céu ,deixando meus pertences para meus familiares e deixando muitos da minha família tristes e pensando bem, mesmo eu sendo muito novo, eu temo a morte....
    
   Quando eu penso sobre esse assunto eu crio várias situações de morte... Eu me imagino velho, com 90 anos, com rugas na cara, usando bengalas , com as costas um pouco tortas e com uma voz estranha . Eu imagino se eu estaria bem de saúde, se estaria em um hospital, sendo operado ,vivendo às custas de aparelhos ou de anti-bióticos ou se eu estaria vivendo em um asilo, vivendo com outros velhos em um mesmo lugar. Cheguei na conclusão que a melhor situação de vida para estar nessa idade seria o estar bem  de saúde(Claro!!!) ou o asilo que é um pouco melhor que estar em um hospital pois você tem a companhia de outras pessoas. Para mim a pior situação seria o hospital, eu cheguei a essa conclusão pelos filmes em que são retratadas essas situações e também por experiência própria, já que acompanhei o meu avô, de 82 anos, no hospital, durante 7 semanas quando eu tinha 11 anos. Eu acho horrível "viver" alguns anos no hospital as custas de máquinas, pois você sofre muito e a família também.
    
  Eu amava muito o meu avô, ele infelizmente morreu no hospital depois de uma veia ter estourado e ele ter ficado inconsciente durante 7 semanas. Uma vez por semana eu visitava ele, lá no hospital, nós (eu e ele) víamos jogos do Santos nos domingos na televisão do quarto do hospital, eu ficava do lado dele e ia falando com ele sobre o que estava acontecendo no jogo, já que ele estava inconsciente. O médico pedia para eu fazer isso, para que ele acordasse. Foi um dos piores meses da minha vida, Meu avô melhorava, e depois piorava novamente, sempre em altos e baixos.... Eu e meu pai fomos umas das pessoas que mais ajudaram meu avô nesse momento. Eu queria muito que ele melhorasse...
   
   Depois de um tempo ele se foi... , uma pessoa que eu amava muito e que apoiei até o final, uma pessoa que eu admirava e que eu queria me tornar no futuro, morreu...

   Falando em outras coisas sobre morte, quando eu tinha 7 anos minha mãe estava lendo um livro que citava a frase “Bater as Botas”. Como eu era pequeno eu não entendia direito essa frase e minha mãe depois de um tempo me explicou que era uma maneira que de falar que uma pessoa foi pro Céu.
     
   Eu imaginava  uma pessoa indo pro Céu, batendo as botas(uma coisa bem bizarra)... Depois de um tempo, eu entendi que essa frase queria dizer que a pessoa morreu, mas até hoje, nunca entendi por que as pessoas usam essa frase, pois bater as botas para mim não tem nada a ver com morrer.
   
    Atualmente com 13 anos, eu acho a morte muito confusa e vivo buscando explicações...(até agora não achei nenhuma, tudo que eu descubro só me traz mais perguntas e fico mais confuso ainda). Só sei que é uma coisa muito triste para a família e uma coisa que acaba acontecendo com todos os seres humanos, às vezes a morte é boa, pois a pessoa pode estar sofrendo muito e a morte alivia ela e como diria Immanuel Kant:”Se a vida vale a pena e a morte faz parte da vida,então,morrer também vale a pena.”

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A CALÇADA E EU, EU E A CALÇADA.


 Eu tenho um apego muito grande à calçada. É nela que eu e quase os 7 bilhões de habitantes que existem no planeta andam todo o dia. Tem uma coisa que eu gosto de fazer que é: andar por lugares do meu bairro que eu ainda não conheço, pois eu sou muito curioso e amo descobrir novos lugares. Quando eu não tenho nada para fazer eu desço as escadas do meu prédio e vou andando por aí no meu bairro, até que eu chegue em uma rua que eu não conheça.Quando eu chego nessa rua eu tento ir analisando o local(gosto de ver se a empresa de segurança é a mesma,a marca que eu mais vejo é a Haganá, que tem uma estrela de david no logotipo... também procuro ver se tem bastante área verde , muito tráfego e essas coisas).  Depois de analisar o local, volto para casa. Acho incrível a  rua e a calçada pois como tem muitas pessoas andando com características muito diferentes você pode olhar para cada um e pensar no que ela esta pensando e o que ela acha de mim , se ela esta triste ou feliz, se esta motivada ou desmotivada e essas coisas.
  Para escrever esta crônica eu fui andar por aí no meu bairro, peguei meu bloquinho de anotações e parti para uma "grande "caminhada. 




Saí de casa, eram mais ou menos 9:30 da manhã de uma terça feira fria, uma coisa pouco comum já que moro em São Paulo e a temperatura é normalmente quente. Abri os portões do prédio e fiquei exposto para a linda e memorável rua, onde muitos milhões de carros passam por dia... Cumprimentei o segurança que fica em um restaurante do lado da minha casa e fui até o farol para atravessar a rua. Olhei para os dois lados, e passei tranquilamente. Chegando ao outro lado da rua, se encontra o Parque Buenos Aires. Entrei no parque, haviam folhas amareladas esparramadas pelo chão, a cor delas era linda um tom de amarelo vivo e bem nítido. Peguei delicadamente  uma das folhas  para que não quebrasse ou rasgasse, peguei uma pasta da minha mochila e a coloquei lá, fechei a mochila e continuei andando. 
       Havia duas mulheres de idade de aparentemente 74 anos, sentadas em um banco de madeira conversando, imaginei que elas estaria conversando sobre netos, que é uma das coisas que os mais velhos mais apreciam. Me aproximei para tentar ouvir o que as duas estavam falando, as velhas começaram a olhar um pouco estranho... Continuei tentando me aproximar e consegui ouvir, mesmo que muito baixinho a mulher do lado esquerdo falar em inglês:
- This boy is strange...

     Saí de lá, pois o guardinha do parque já estava olhando para mim estranho e me distanciei das mulheres Européias ou Americanas já que existem vários países que falam inglês no mundo. Cheguei na Avenida angélica, muitas pessoas andando e olhando para meu caderninho estranhando. Eu estava pensando no que eles estavam achando de mim. Eu achava que eles pensavam " o que esse garoto quer fazer com esse caderdo " ou alguma outra coisa. Comecei a fazer um exercício de descrição de pessoas automático, então quando passava alguém eu dava uma espiadinha e fazia uma descição dessa pessoa. Eu descrevia o modo que ela estava andando como : Acelerado(provavelmente apressado por estar atrasado em algum compromisso) tranquilo( de boa com a vida curtindo o ar livre ouvindo música. Reparei na altura mais ou menos e na idade das pessoas que passavam na rua também normalmente as idades variavam de 15 a 40 anos. Eu também reparei nas crianças pequenas com suas empregadas, conversando com os amigos, super felizes e sorridentes, elas me alegram e tiram de mim um grande sorriso... 

     Chego na avenida Higienópolis, a rua do shopping Higienópolis, lá vejo alguns adolescentes andando em grupos, quase todos mexendo em aparelhos eletrônicos. Tenho pavor de usar celular na rua pois não quero ser possivelmente assaltado... Isso me assusta, pois já ouvi histórias horríveis que já aconteceram... Fui para o lado esquerdo da avenida, atravessei a rua, olhando para os dois lados novamente. Desci a avenida e vi um prédio lindo na rua General Jardim(uma rua que eu não conhecia ainda). O prédio devia ter 6 andares,  os pilares feitos de pastilhas vermelhas me intrigaram e o brilho que elas faziam também. Os apartamentos tinham janelas grandes o prédio tinha era todo de pastilhas. Andei mais um pouco e parei para ver um chachorro, era um golden Retriever.
Depois perguntei para a mulher:
- Qual é o nome dessa cachorro?
- é Sophie, é uma cadela de 3 anos- respondeu a mulher carinhosamente.
- E..., para que serve esse caderno na sua mão?.
- Ahh, estou anotando algumas coisas pelo caminho.
- Que legal- ela respondeu

      Nos despedimos e eu continuei descendo, até que dei de cara com uma biblioteca. O nome era Biblioteca Monteiro Lobato e quis entrar para ver. Era bem grande e só pude ver a área infantil. Entrei e vi livros clássicos que fizeram parte da minha infância, como os aclamados: Reinações de narizinho, gibis da turma da mônica,  Chapeuzinho vermelho entre outros clássicos... Fiquei lá pelo menos uma meia hora vendo as estantes da biblioteca. Já eram 11:00 e era hora de voltar para casa,para almoçar e depois ir para a escola. E foi assim que eu descobri essa Biblioteca, andando por aí, pelas ruas... em minha jornada de reconhecimento do Bairro.